SBT foi condenado nesta semana por uso indevido do jingle na TV; canção foi criada por Archimedes Messina.
Na mesma semana em que celebra 29 anos de existência, o SBT viu-se diante de um problema com uma de suas marcas mais tradicionais. Na quarta-feira 18, a 18ª Vara Cível do Fórum Central de São Paulo condenou a emissora a pagar R$ 1,4 milhão ao autor do famoso jingle "Sílvio Santos vem aí", o publicitário e músico Archimedes Messina.
O processo por danos morais e materiais havia sido movido por Messina há muitos anos. A reclamação reside no fato de que a música, composta no ano de 1964, foi feita somente para a utilização no rádio. Ao longo da existência do SBT, porém, o jingle foi incorporado na programação televisiva, sendo tocado em vinhetas e em todos os programas de auditório apresentado por Sílvio Santos.
Para calcular a multa o tribunal usou como base 1% do valor que teria sido arrecadado com 30 segundos de venda de espaço (em uma comercialização normal de publicidade) por cada domingo que o programa Silvio Santos foi exibido, ao longo dos últimos 20 anos. De acordo, com os cálculos, os 1040 domingos contabilizados somam o montante de R$ 1,4 milhão.
O SBT, por meio de sua assessoria de imprensa, afirma que ainda não foi notificado oficialmente da multa, mas declara que, assim que isso ocorrer, irá contestar a sentença. Pela decisão do tribunal, não cabe recurso à medida, mas a emissora poderá contestar a determinação da maneira que desejar.
Considerado um dos grandes nomes da história da publicidade no Brasil, Archimedes Messina é o autor de diversos jingles e canções famosas que marcaram diversos anunciantes e ainda fazem parte da memória popular. Além do famoso "Silvio Santos bem aí", que acabou caracterizando a figura e o estilo do proprietário do SBT, Messina também assina outras músicas famosas de comerciais, como os jingles "Seu Cabral" e "Varig, Varig, Varig" (para a companhia aérea Varig) e "Não adianta bater" (para a Pernambucanas).
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